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Publicado: 27/01/2017 | 319 visualizações

Campanha reivindicatória - CD da FUP indica aceitação da proposta do ACT e estado de greve contra privatização da Petrobrás

Diante do avanço nas negociações, o Conselho Deliberativo (CD) da FUP, em reunião no dia 18/01, decidiu indicar em assembleias a aprovação da proposta conquistada. Durante o CD, os dirigentes do Sindipetro Bahia defenderam a necessidade da manutenção do estado de greve permanente, lembrando que o mais urgente e importante nesse momento é a luta contra a privatização e o desmonte do Sistema Petrobrás. “Se não nos unirmos em torno desta luta não teremos nem o que discutir em negociação coletiva no ano que vem”, alerta o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar. 


Para Deyvid, “estamos virando mais uma página da conturbada história da categoria após o golpe parlamentar e a partir de agora poderemos voltar nossos olhos, força e determinação para a batalha contra a privatização da Companhia”. Ele lembra que a Bahia “por estar sentindo na pele esse desmonte, encampou essa luta desde o início da campanha reivindicatória, os outros estados estavam mais preocupados com as questões econômicas, pois a “água” ainda não chegou nos barcos da banda de lá. Mas vai chegar. Por isso, a urgência de uma mobilização conjunta nacional”.   

      
As formas de mobilizações e as atividades que vão acontecer a partir de agora estão sendo construídas pela FUP, sindicatos e categoria. O próximo passo será a reunião do CD da FUP, no Rio de Janeiro, nos dias 30 e 31/03 e 01/02, que foi uma proposta dos representantes da Bahia. No CD, que contará com a participação de dirigentes do Sindipetro e de dois trabalhadores do Conselho Consultivo de Base, será construído um calendário de lutas. A delegação baiana defenderá que seja definida, no CD, a data da greve nacional da categoria contra o desmonte e privatização do Sistema Petrobrás. A união de todos e todas é que decidirá o futuro da categoria petroleira.

 
 

Retrospectiva- campanha teve embate e 1 x 0 para categoria  


Após meses de mobilizações, a categoria petroleira avança em mais uma negociação coletiva. Durante os últimos quatro meses a direção da Petrobrás fez inúmeras tentativas de retirar e reduzir direitos dos trabalhadores. Não conseguiu. Tentou também que a negociação fosse intermediada pelo TST. Outra bola fora da empresa.

Após o golpe que destituiu a presidente Dilma do poder, sabíamos que a negociação não ia ser fácil, como não foi. Em uma conjuntura totalmente adversa para os trabalhadores, a Petrobrás fez a festa propondo congelamento da tabela salarial com reajuste zero, escalonamento e parcelamento dos índices oferecidos, sendo que o primeiro nem sequer cobria a inflação do período. Com a ideia fixa de retirar direitos dos trabalhadores, a empresa também não aceitou a proposta da FUP da prorrogação do atual ACT até 31/08/2018. 

Mas o  fato é que a direção da Petrobrás teve que voltar atrás e aceitar a proposta inicial da FUP de reajuste com reposição da inflação pelo ICV-DIEESE, retroativo a setembro. Além de retirar do ACT a discussão sobre a redução do percentual da hora extra a ser pago e da diminuição da jornada de trabalho com redução de salário, que apesar de não fazerem parte do escopo da negociação, a companhia tentou enfiar “goela abaixo” dos trabalhadores. 


INDICATIVOS

• Aceitação da proposta de Termo Aditivo do ACT 2015/2017
• Manutenção do estado de assembleia permanente          
• Manutenção do estado de greve contra as privatizações no Sistema Petrobrás

Veja abaixo os principais pontos da proposta:
 
Reajustes

 • Reajuste de 8,57% nas tabelas e na RMNR, retroativos a setembro de 2016 
• Vale refeição/alimentação de R$ 1.093,84 
• Manutenção do auxílio almoço para quem optar por continuar recebendo, reajustado para R$ 1.008,92
 • Reajuste de 8,97% em janeiro dos Benefícios Educacionais e do Programa Jovem Universitário
 • Reajuste das Tabelas de Grande Risco da AMS e do Benefício Farmácia em 8,57% 
• Reajuste de 8,57% para o Adicional do Estado do Amazonas e da Gratificação de Campo Terrestre de Produção

*Redução da Jornada de Trabalho, com redução de 25% da remuneração, para o horário flexível- Remetido  para a Comissão de Regime de Trabalho. Qualquer decisão deve ter consenso entre as partes.

*Horas Extras- Criação de um grupo de trabalho para tratar das horas extras gerenciáveis. Qualquer decisão deve ter consenso entre as partes.

Benefício Farmácia- Um grupo de trabalho paritário, com participação da FUP e da empresa, discutirá um novo modelo para o Benefício. 

ATS dos trabalhadores da Fafen-PR - A Petrobrás autorizou o diretor executivo de Refino e Gás Natural a instruir o voto do representante da empresa na Assembleia Geral Extraordinária da Araucária Nitrogenados no sentido de aprovar a implantação do anuênio dos trabalhadores. 

Licença Paternidade- Licença paternidade de 20 (vinte) dias consecutivos.
Lactantes- Abono de 02 horas diárias para lactantes
Empregado com deficiência- Abono de até 02 horas diárias para empregado com deficiência.
PLR-  Após o fechamento do Termo Aditivo, a FUP e a Petrobrás discutirão novos indicadores para a PLR.