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Publicado: 27/01/2017 | 538 visualizações

Petroleiros protestam contra venda dos campos terrestres em lançamento do REATE

O Sindipetro Bahia e a categoria petroleira realizam, amanhã, sexta-feira, 27/01, a partir das 8h, um ato em frente ao SENAI/CIMATEC, no bairro de Piatã, durante lançamento do Programa Nacional REATE (Revitalização das Atividades de Exploração e Produção de Petróleo e Gás em Áreas Terrestres). Os petroleiros protestam contra a venda dos campos terrestres à iniciativa privada, que, segundo eles, trará prejuízos e retrocessos para o Estado e munícipios, localizados no entorno da Petrobrás.

O lançamento do REATE  contará com a presença do governador do estado, Rui Costa, e a categoria petroleira aproveitará a oportunidade para cobrar do governador  uma posição contrária à saída da Petrobrás da Bahia.

A Direção do Sindipetro Bahia explica que a produção petrolífera necessita de constantes, pesados e intensos investimentos, principalmente em áreas antigas de produção, além de grande experiência e competência técnica nessa área. As empresas privadas certamente não terão a mesma capacidade técnica e financeira necessárias para manter e, muito menos, aumentar a produção de petróleo nessas áreas.

Desta forma, essas empresas, fatalmente, irão optar por uma exploração predatória que, rapidamente, levará à redução e à extinção da produção de petróleo em terras baianas e nordestinas. Além disto, causará prejuízos devido à queda na arrecadação de impostos e no pagamento de royalties aos municípios produtores, além do desemprego, salários rebaixados, fechamento de empresas e redução das atividades econômicas nas cidades onde a estatal atua.

Na Bahia, por conta do Projeto Topázio, previsto no plano de privatização da Petrobrás, estão à venda os campos terrestres do polo de Buracica, localizado no município de Alagoinhas, que tem quase 70 anos de atividade e continua dando lucro operacional, e os campos do polo de Miranga, um dos maiores produtores de gás em terra do Brasil, que fica no município de Pojuca.

Os dois campos juntos geram cerca de 1000 empregos, entre diretos e indiretos, geram também receitas para os munícipios, com pagamentos de royalties e ISS, além de contribuir para o desenvolvimento local e social. Então é um grande prejuízo a saída da Petrobrás, a privatização desses campos.

Para a direção do sindicato “os interesses da Bahia e do seu povo é que devem prevalecer e não os interesses daqueles que só querem lucrar. Temos várias experiências mal sucedidas de empresas privadas produzindo petróleo na Bahia e seria uma irresponsabilidade ampliar esta forma de exploração do nosso precioso “ouro negro”.

Mais informações com o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar (71) 99977-8405, com o diretor de comunicação do Sindipetro, Paulo César Martim (71) 99679-1013 e (21) 99124-0589