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Publicado: 31/01/2017 | 471 visualizações

Protesto dos petroleiros abre diálogo com o governo do Estado contra venda dos campos terrestres

A mobilização dos petroleiros na manhã dessa sexta-feira, 27, contra a venda dos campos terrestres à iniciativa privada, durante o lançamento do Programa Nacional REATE (Revitalização das Atividades de Exploração e Produção de Petróleo e Gás em Áreas Terrestres), fez com que o ex-governador e atual secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jaques Wagner, conversasse com diretores do Sindipetro Bahia e o presidente da CUT Bahia, Cedro Silva.

No encontro informal ele se comprometeu a marcar uma reunião na semana que vem para que os dirigentes do Sindipetro colocassem as suas preocupações a respeito da venda desses ativos. Wagner também apontou um encontro em um futuro próximo com o governador Rui Costa.     

As entidades sindicais cobraram do secretário uma posição pública e oficial do governador Rui Costa em defesa do Sistema Petrobrás e contra a sua privatização. Wagner afirmou ser contra as privatizações da Rlam, Fafen  e que também não concorda com o Projeto Topázio da Petrobrás, que coloca à venda os polos de Buracica e Miranga, que abrigam campos de petróleo produtivos.

O diretor do Sindipetro, Radiovaldo Costa, chamou a atenção que o REATE, programa do governo federal, “é na verdade a ponta do iceberg de uma entrega total dos ativos da Petrobrás”. Já o diretor Leonardo Urpia, denunciou que as empresas privadas não fizeram nenhum investimento substancial na indústria de petróleo. Ao contrário, “onde entram se apropriam dos recursos da união e dos brasileiros, reduzem as vagas de emprego e rebaixam os salários”.   

O presidente da CUT Bahia, Cedro Silva, que também é petroleiro, disse que “a Central continuará lutando para evitar a privatização o Sistema Petrobrás e garantir a presença da estatal na Bahia”.

O coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, encerrou o ato parabenizando a categoria petroleira pela persistência e capacidade de luta. Ele também externou grande preocupação com o que pode acontecer se “a sanha entreguista do governo golpista não for barrada”.  

Se isto persistir o que vai acontecer, alerta Deyvid, é a retirada da Petrobrás da Bahia, com a venda da Refinaria Landulpho Alves, Terminal da Transpetro em Madre de Deus, PBIO, Fafen, BR Distribuidora, plataformas, sondas terrestres e os campos terrestres de petróleo e gás.  Esses ativos vão se somar aos que já foram vendidos, de forma total ou em parte, como a Liguigás  e as termoelétricas Rômulo Almeida e Celso Furtado.

Foram cerca de cinco horas de mobilização, na manhã dessa sexta-feira, em frente ao SENAI/CIMATEC, no bairro de Piatã, onde acontecia o lançamento do REATE. O ato contou também com as presenças de representantes do Sindipec, Sindicato dos Rodoviários, Levante Popular da Juventude, Movimento Negro, DCE da UFBA, Movimento de Luta por Moradia, categoria petroleira, entre outros.