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Publicado: 12/06/2017 | 763 visualizações

Rlam irá reduzir efetivo mínimo (de referência) e Sindipetro alerta para graves consequências

Não  foram boas as notícias dadas pela Gerência Geral da Rlam à diretoria do Sindipetro Bahia, durante reunião que aconteceu na manhã da segunda-feira, 12/06. O gerente Geral William França e a gerente de RH, Rita de Cássia,  informaram que a Rlam irá reduzir o efetivo mínimo (de referência),  o que levará à redução de 63 postos de trabalho na operação.

De acordo com o GG não haverá mudanças no horário de trabalho, na rotina e nem em relação à Brigada de Emergência, pois “foi reduzido o número de referência e não o do efetivo total”. E ainda de acordo com ele, nesse momento, não haverá transferência dos operadores para outros setores.

O coordenador do Sindipetro, Deyvid Bacelar, reclamou da “falta de comunicação e de transparência da alta direção da empresa com a FUP, sindicatos e os trabalhadores”. Para ele esse tipo de decisão deveria ter sido discutida antes, nacionalmente, com a FUP e os sindicatos da categoria.

Deyvid colocou a grande preocupação do sindicato com a mudança, que a médio e longo prazo vai trazer incontáveis prejuízos. Afinal, contestou ele, “essa redução pode vir a acarretar acidentes e incidentes, expondo os trabalhadores que estiverem nas unidades. Muitos operadores estão se aposentando através do PIDV (até o mês de agosto, mais de 62 se aposentam) e a empresa não irá mais contratar ou promover concurso público porque já reduziu o efetivo mínimo. É grave ainda, o fato que com o PIDV, saem os mais experientes com conhecimentos e habilidades adquiridos ao longo de 30 anos de trabalho, ficando na empresa, em um quadro reduzido, aqueles com menos de 15 anos de contrato”.

Além disto, afirmou Deyvid, “é bom lembrar que em uma turma de turno  tem sempre um trabalhador que pode estar de férias, faltar ou mesmo adoecer, sobrecarregando os que estão trabalhando. Estes, são apenas alguns dos motivos que nos levam a discordar da redução do efetivo mínimo, principalmente em uma empresa que trabalha com agentes cancerígenos como o benzeno e que tem um número elevado de acidentes de trabalho, inclusive fatais.

Também presentes na reunião, os diretores Agnaldo dos Anjos, Rosângela Maria e os diretores recém  eleitos, Miguel Ferraro, Ivo Saraiva, Christiane Petersen e Áttila Barbosa, também externaram insatisfação com a decisão da empresa, listando, juntamente com Deyvid, outras consequências da redução do efetivo mínimo, a exemplo do absenteísmo por estresse e a sobrecarga de trabalho que pode acarretar acidentes e doenças ocupacionais.  

Por fim, Deyvid lamentou o crescimento da tensão entre a gestão da empresa e a categoria “em um momento em que a pauta principal e única deveria ser a defesa do Sistema Petrobrás, que está tendo unidades vendidas a preço de banana e corre grande risco de ser privatizado”.  A diretoria do Sindipetro também informou que há um movimento crescente entre os petroleiros de todo o Brasil da realização de uma greve nacional por tempo indeterminado contra a redução do efetivo mínimo nas unidades operacionais, a retirada de direitos e contra a privatização da estatal.

As assembleias se iniciam na terça, 13/06 e serão encerradas na sexta-feira, 16 de junho, mesma data quando, segundo o GG, se dará início à aplicação da redução do efetivo mínimo nas unidades de processo.

O Conselho Deliberativo da FUP, em reunião realizada na quinta (08/06), aprovou os seguintes encaminhamentos para os sindicatos filiados:

- Assembléias a partir desta sexta (9/6), com encerramento até o dia 18/06, para avaliar o indicativo de aprovação de greve por tempo indeterminado no Refino. A data da greve será definida pela FUP, pelo cumprimento da Cláusula 91 do ACT “EM DEFESA DA VIDA”.

- Mobilização nacional de 24 horas no dia 19 de junho, em todas as unidades da Petrobrás e subsidiárias no país, em defesa da vida e pelo cumprimento da Cláusula 91.

- Reafirmar na reunião da Comissão de SMS do dia 19/06, a disposição da FUP e sindicatos filiados, de negociar os efetivos das unidades, conforme preconiza a Cláusula 91 do ACT vigente.

- Nas refinarias onde for executada unilateralmente a redução do “número mínimo” na Operação, os sindicatos filiados iniciarão as mobilizações dentro de suas especificidades.

                        

CALENDÁRIO DE ASSEMBLEIAS NA RLAM

Seguindo orientação da FUP, a direção do Sindipetro Bahia realiza Assembleia Geral Extraordinárias\AGE, na RLAM, que será realizada em várias seções, com a seguinte ordem do dia: 1) informe sobre a redução de efetivo mínimo praticado pela empresa nas unidades de Refino da Petrobrás e seus impactos; 2) debater e deliberar a deflagração de greve  3) autorizar a Federação Única dos Petroleiros para, isoladamente ou em conjunto com seus sindicatos filiados, encaminhar a notificação de greve à Petrobrás, com designação da data de início do movimento grevista, na forma da Lei e 4) participação da categoria na Greve Geral do dia 30/06

 

CALENDÁRIO DE ASSEMBLEIAS

Terça 13/06

Quarta 14/06

Sexta 16/06

Turma 1 – 07h

Turma 3/Adm -  07h

Turma 5 -  07h

Turma 4 – 15h

 

 

Turma 2 – 23h

 

 

 

Clique aqui e confira o Edital de convocação da AGE.

 

GREVE GERAL DIA 30 DE JUNHO

O CD da FUP chama a atenção dos petroleir@s para a programação feita pelas Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo e Centrais Sindicais, para a greve geral marcada para o próximo dia 30 de junho. Segundo a Federação, é hora de ocupar as ruas para acabar, de uma vez por todas, com a privatização do Sistema Petrobrás e as reformas trabalhista e previdenciária, mas isso só pode acontecer com a realização das DIRETAS JÁ!

 

Em relação ao estudo de O&M, O GG apresentou o seguinte durante a reunião:

 

Segundo ele o número indicado pelo estudo de O&M como o mínimo necessário para todas as unidades de processo da Rlam funcionarem, considerando os 69 postos de trabalho por turma de turno, (ou seja 69X05), que é igual a 345 postos de trabalho, mais 17 OP-MAN (Operação de Manutenção), somando um total de 362 postos. Esses números não incluem supervisores, CTOs e operadores do GPI.

 

Supervisores serão 50, 10 por turma , já CTOs serão 20.

 

Em relação aos operadores do GPI, foi informado que esses serão deslocados para o dia quando for necessário trabalhar em intervenção de equipamentos.

 

OBS –  Esse quantitativo de supervisores CTOs e GPIs não está incluído nos 362 postos de trabalho indicados pelo estudo de O&M

 

 

 Levantamento feito nas unidades de processo sobre o efetivo mínimo praticado hoje (que está entre parênteses)  e o que está sendo indicado pelo estudo de O&M.

 Veja tabela:

 

Gerência

Campo (número de postos)

Painel (número de postos)

Opman

CB/CFHD

(4) 2

(2) 2

1

CB/CRHD

(4) 3

(2) 2

1

CB/DE

(6) 4

(4) 3

2

CB/HDT

(6) 5

(4) 4

0

LPS/PL - I

(6) 4

(3) 3

0

LPS/PL – II

(7) 5

(2) 2

0

LPS/PS

(3) 3

(2) 2

0

TEU/AE

(5) 5

(2) 2

3

TEU/TE

(12) 8

(3) 2

7

TEU/TN

(5) 5

(3) 3

3