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Publicado: 13/07/2017 | 1422 visualizações

Lula: 'Quero reivindicar a indicação para disputar a eleição de 2018'

"Quero dizer ao meu partido que até agora não tinha sido indicado, mas quero reivindicar a indicação para disputar a eleição de 2018",  afirmou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao se pronunciar nesta quinta-feira, 13, sobre a condenação sem provas que lhe foi imputada pelo juiz Sérgio Moro. 

O pronunciamento de Lula ocorreu durante entrevista coletiva concedida da sede do PT, em São Paulo, e transmitida ao vivo pela TVT. No início de sua fala, o ex-presidente afirmou que Moro tem para com ele um otimismo que nem ele tem. "Ele está permitindo que eu possa ser candidato em 2036", declarou. "O que aconteceu ontem eu já previa desde o dia 18 de outubro de 2016", acrescentou, citando um artigo dele publicado na Folha nesta data.

Ele leu trecho do texto: "Meus acusadores sabem que não roubei, não fui corrompido nem tentei obstruir a Justiça, mas não podem admitir. Não podem recuar depois do massacre que promoveram na mídia. Tornaram-se prisioneiros das mentiras que criaram, na maioria das vezes a partir de reportagens facciosas e mal apuradas. Estão condenados a condenar e devem avaliar que, se não me prenderem, serão eles os desmoralizados perante a opinião pública.

"Eles já estavam com o processo pronto, com a concepção da condenação pronta", afirmou Lula. "Eu sinto que há uma tentativa de me tirar do jogo político", disse ainda, acrescentando que é um homem que acredita nas instituições do País. "Eu acreditava que ia terminar do jeito que terminou porque era visível que o que menos importava para as pessoas que faziam era o que você falava. Eles já estavam com o processo pronto. Já estavam com a condenação pronta", declarou

Lula refutou veementemente a condenação. "Não sei como alguém consegue escrever quase 300 páginas contra uma pessoa que ele quer condenar sem nenhuma prova", afirmou. 

"A única prova que existe nesse processo, de não sei quantas mil páginas, é a prova da minha inocência. Eu queria fazer um apelo à imprensa, que se alguém tiver uma prova contra mim, por favor, mostre", desafiou o ex-presidente. "O que me deixa indignado é que você está sendo vitima de um grupo de pessoas que mentiu pela primeira vez e agora continuando mentindo para manter a primeira mentira", prosseguiu.

Lula destacou que o delator Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, mudou sua versão em depoimento aos procuradores da Lava Jato, passando a acusar o petista para conseguir benefícios, como a diminuição de sua pena.

"Se alguém pensa que com essa sentença me tiraram do jogo, pode saber que eu estou no jogo. E agora quero dizer ao meu partido, que até agora eu não tinha reivindicado, mas a partir de agora eu vou me reivindicar como postulante à candidatura", anunciou.

Após criticar duramente o atual governo pelos retrocessos impostos aos avanços dos governos petistas, Lula reiterou: "Se vocês, da Casa Grande, não sabem fazer, deixem alguém da Senzala para cuidar do povo brasileiro". Ele concluiu culpando a Rede Globo e o Jornal Nacional pelo "ódio disseminado nesse País", mas afirmou que não se abaterá: “Quem acha que é o fim do Lula vai quebrar a cara. Só quem tem o direito de decretar meu fim é o povo brasileiro.”

 

Fonte: FUP