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Publicado: 03/08/2017 | 2766 visualizações

XVII CONFUP - categoria precisa envolver a sociedade na defesa do Sistema Petrobrás

O XVII CONFUP foi aberto na noite desta quinta-feira, 03/08, com a execução do hino nacional e uma emocionante homenagem ao petroleiro, Silvaney Bernardi,  ex- presidente do Sindipetro Paraná/Santa Catarina, que faleceu precocemente.

Como anfitrião, o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, foi o primeiro a falar. Ele deu as boas vindas a todos e todas, desejando que os petroleiros saiam da Bahia revigorados "para enfrentar essa conjuntura tão adversa, com a certeza de que na luta e na dor podemos reagir e mudar a realidade dos fatos". Para Deyvid, "os petroleiros têm um grande responsabilidade,  pois são os guardiões dessa grande empresa e se preparam para uma grande luta,  a greve em defesa da Petrobrás e da soberania nacional".

A representante do Levante Popular da Juventude, Ellen Rebeca, afirmou que a juventude vê na categoria petroleira um forte espírito de resistência e disse  ter certeza que "a partir desse encontro, muita coisa vai ser decidida e que pode mudar os rumos desse país".
O deputado federal, Davidson Magalhães (PCdoB), ressaltou a importância da camisa laranja dos petroleiros, "que faz o Congresso tremer".
O deputado estadual, Rosemberg Pinto, afirmou que "esse é um momento muito singular e difícil para a categoria petroleira". Ele também deu um recado do governador do estado da Bahia, Rui Costa, que garantiu que "entrará nessa caminhada, organizando os governadores do Nordeste em defesa do Sistema Petrobrás".

Para  o presidente da CUT Bahia, Cedro Silva, "estamos vendo a Petrobrás sendo estraçalhada por um governo ilegítimo e a categoria precisa se levantar e responder que defender a Petrobrás é defender o Brasil, na luta'.

O senador Roberto Requião (PMDB- PR), a quem o plenário pediu para estender sua fala, dando continuidade sobre suas ideias a respeito da crise nacional, disse, entre outras coisas, que "Lula deixou uma herança cambial de 300 a 400 bilhões de dólares, bastando apenas investir 20 bilhões para colocar a Petrobrás para desenvolver o país, sem necessidade de privatizar a empresa".

Ele denunciou também que as grandes empreiteiras dominam as grandes mídias e o capital financeiro internacional toma conta do país.

O coordenador da FUP, José Maria Rangel leu um poema de Guimarães Rosa, fazendo um paralelo com a trajetória da categoria petroleira, "que sempre foi de enfrentamento e coragem".
  A noite foi encerrada com um vídeo do ex- presidente Lula, com uma mensagem para a categoria petroleira. Ele disse que está muito triste com a situação da Petrobrás e acrescentou "não sei o que vai acontecer, mas se a esquerda ganhar as eleições, vamos aprovar a lei da partilha e garantir 75% dos royalties para a educação, saúde e inovação tecnológica".

 

 

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Com o tema “Privatizar faz mal ao BRasil”, os petroleiros iniciam nesta quinta-feira, 03, em Salvador, o congresso nacional da categoria com o desafio de construírem uma ampla agenda de luta, com novas estratégias de enfrentamento à privatização do Sistema Petrobrás, à retirada de direitos da classe trabalhadora e os imensos retrocessos impostos pelo golpe. O evento conta com a participação de mais 400 petroleiros de vários estados do país.

Serão quatro dias de congresso, com mesas de debates que abordarão temas como “Os pilares do golpe jurídico, parlamentar e midiático no Brasil”, “Articulação das forças sociais na reconstrução do projeto político, popular e democrático”, “A conta do golpe quem paga é o trabalhador” e “Democracia só é possível com igualdade de gênero”.

As mesas contarão com participação de sindicalistas, lideranças de movimentos sociais, parlamentares do campo da esquerda e acadêmicos. A intenção é que, ao final de cada debate, sejam construídas deliberações conjuntas para enfrentamento da atual conjuntura. O Congresso também elegerá a nova diretoria da FUP para o triênio 2017-2010.

O tema do Confup – “Privatizar faz mal ao BRasil” - foi o mote de resistência dos petroleiros há 17 anos, quando Pedro Parente, então ministro de FHC e integrante do Conselho de Administração da Petrobrás, iniciou o processo de privatização das refinarias e tentou mudar o nome da empresa para Petrobrax. Sua missão foi interrompida quando o presidente Lula foi eleito e resgatou a estatal do limbo, fazendo dela uma empresa de ponta, capaz de descobrir o pré-sal, que é hoje o seu maior patrimônio.

Ao retornar à petrolífera através de um golpe, Pedro Parente tem pressa para concluir o que não terminou no passado. Por isso, corre contra o tempo para liquidar por completo o Sistema Petrobrás, das subsidiárias aos campos de petróleo, das refinarias à estrutura de logística da empresa. Na luta contra a privatização, os petroleiros enfrentam também o desmonte de direitos e a redução de efetivos, que coloca em risco não só os trabalhadores, como as populações que vivem no entorno das unidades operacionais.

Esse, portanto, é um congresso que acontece em um momento de grandes desafios para a classe trabalhadora, especialmente para os petroleiros, que enfrentam o maior ataque da sua história e têm o desafio de barrar a destruição do Sistema Petrobrás, que passa pelo mais intenso processo de privatização desde a criação da estatal, há 64 anos.

Veja a programação do XVII Confup:

03 DE AGOSTO - Quinta-feira

Manhã– Atividade política

15h às 17h – Aprovação do Regimento Interno e Eleição da Mesa Diretora.

17h às 18h – Apresentação e eleição da tese guia

18:00 h – Solenidade de abertura do XVII CONFUP

04 AGOSTO - Sexta-feira

09h30 às 12h – Conjuntura política e econômica: articulação das forças sociais na reconstrução do projeto político, popular e democrático

Convidados: João Pedro Stédile, Guilherme Boulos, Renato Rabelo (PC do B)

14h30 às 17h30 - Os pilares do golpe jurídico, parlamentar e midiático no Brasil

Convidados: Mino Carta (Carta Capital) Pedro Serrano (PUC-SP) Dep. Paulo Pimenta (PT/RS)

05 DE AGOSTO - Sábado

09h às 12h – A conta do golpe: quem paga é o trabalhador

Convidados: CUT Nacional, Prof.ª Denise Gentil (UFRJ) e Clemente Ganz (DIEESE)

14h às 16h - Democracia só é possível com igualdade de gênero

Convidadas: Dep. Alice Portugal (PCdoB/ BA) e Prof.ª Bianca Daebs (UFBA)

16h30 às 18h30 – Privatizar a Petrobrás faz mal ao Brasil

Convidados: José Maria Rangel (FUP), José Sergio Gabrielli (UFBA) e Eduardo C. Pinto – UFRJ

18h30 às 19h30 – Criação e aprovação do estatuto de fundação do Instituto José Eduardo Dutra

06 AGOSTO - Domingo

08h às 10h – Aprovação pauta de reinvindicação ACT 2017/2019.

Até 10h – Registro das Chapas

10h às 11h – Defesa das chapas

11h às 11h30 - Eleição da Direção Executiva e Conselho Fiscal da FUP

11h30 às 12h - Apuração, proclamação, posse dos eleitos e mesa de encerramento do Congresso

Fotos - Diego Villamarin

 

Fonte: FUP