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Publicado: 22/11/2017 | 1556 visualizações

Petrobrás pronta para explodir

A falta de efetivo nas Refinarias tem causado graves acidentes que estão desenhando uma grande tragédia. A bomba relógio está armada e cada vez mais próxima de explodir. 

Na noite do dia 21/11, por volta das 23h, mais um incêndio aconteceu na Refinaria de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Desta vez, na P-606 B, da U-1260, que bombeia QAV (Querosene de Aviação). 

Na ocasião houve vazamento do produto, que pegou fogo. Somente depois de uma hora e meia de ação conjunta dos Técnicos de Operação do DRT (Destilação, Reforma e Tratamento) com os Técnicos de Segurança Industrial, o incêndio foi debelado. A bomba ficou destruída, mas não houve vítima e a unidade está parada. 

Este é o segundo incêndio na REDUC em menos de uma semana. No dia 17, devido a parada da U-1790, houve descarte de líquido para o flare, e pegou fogo ao cair e entrar em contato com o mato seco do entorno. 

Somente nesta refinaria do Sistema Petrobrás, já são 42 acidentes e 51 vítimas este ano. Mas não são apenas os petroleiros de Caxias que estão sofrendo com a redução de efetivo do estudo de O&M (Organização e Método) da Petrobrás. A Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo, teve falha operacional no sistema de ar comprimido, no início do mês, que causou a emissão de gases poluentes na atmosfera, gerando uma multa de 1 milhão para a empresa.

O estudo de Organização de Mentiras, como é chamado pelos trabalhadores, não previu situações de emergências ao reduzir o efetivo. Pelo contrário, durante audiência sobre efetivo realizada na 6a Vara da Justiça do Trabalho, em Caxias, no dia 27/06, o advogado da Petrobrás afirmou que a redução era para que menos trabalhadores morressem, dando a entender que onde morreriam 4, agora morrem apenas dois.

Em julho, mês que foi implementado o estudo, a REDUC estava operando apenas com 40% da sua capacidade. A redução de efetivo e o descaso com a segurança dos trabalhadores fazem parte do desinvestimento do Sistema Petrobrás realizado pelo governo do MiShell Temer, que está sucateando as unidades para entregar ao mercado internacional.

 

Fonte: FUP