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Publicado: 07/12/2017 | 1495 visualizações

Sindipetro Bahia solidário ao povo hondurenho e na defesa da democracia

A direção do Sindipetro Bahia presta solidariedade ao povo hondurenho, que sofreu violenta repressão depois do resultado das eleições presidenciais realizada no último dia 26 de novembro, sob suspeita de fraudes, erros e problemas sistêmicos, segundo relatório da OEA. Salvador Nasralla, o candidato da oposição, ordenou a recontagem de centenas de votos. Ele disse à Associated Press que a medida seria legal se o Congresso acatasse e a aprovasse. A direção do Sindipetro Bahia defende a liberdade do povo hondurenho e a democracia.

A última contagem dos votos mostrou que o atual presidente, Juan Orlando Hernandez, teria vencido as eleições com 43%, ante 41,4% de Nasralla. Ambos os candidatos declararam vitória mesmo antes da votação final. Diversos órgãos internacionais que acompanharam a contagem dos votos denunciaram irregularidades no processo.

Oito governos latino-americanos, Argentina, Chile, Colômbia, Guatemala, México, Paraguai, Peru e Uruguai, elogiaram a posição de Honduras ao decidir pela recontagem dos votos.

Policiais se negam a reprimir protestos e cobram respeito às urnas

Grupos de policiais de Honduras se negaram, no início da madrugada desta terça-feira (05\12), a reprimir manifestações populares contra as possíveis fraudes no processo eleitoral do país. O presidente Juan Orlando Hernández foi anunciado como vencedor, mas o pleito é contestado pelo candidato de oposição Salvador Nasralla, da Aliança de Oposição contra a Ditadura.

"Nosso povo é soberano e a eles devemos, portanto não podemos estar confrontando e reprimindo seus direitos", afirmou a Direção Nacional de Forças Especiais da Polícia Nacional de Honduras, em um comunicado.

Os policiais pediram ao governo que busque a melhor saída para o conflito no país. "Advogamos que se recupere a paz e a tranquilidade para nosso povo o mais rápido possível".  Já à TV, um porta-voz do grupo disse que o movimento é para manifestar  ”inconformidade com o que está passando a nível nacional", segundo a BBC. "Nós somos povo e não podemos estar matando o próprio povo, nós também temos família."

Por sua vez, membros do esquadrão Cobras, grupo especial antimotins, apoiados também por agentes policiais preventivos, saíram de suas barracas no norte de Tegucigalpa e se recusaram a reprimir manifestantes que não estivessem cumprindo o toque de recolher determinado pelo governo.

Em comunicado lido a emissoras de TV hondurenhas, os membros do esquadrão de elite também pediram uma solução para a crise política. "Instamos ao Tribunal Eleitoral que respeite a vontade dos hondurenhos. Nossa posição não se deve a posições políticas, só queremos paz e tranquilidade", afirmou o grupo.

Observadores apontam falhas

Ainda na segunda-feira (04\12), a Organização dos Estados Americanos (OEA) publicou extenso informe que aponta falhas no o processo eleitoral de Honduras. Segundo o relatório, algumas maletas que acompanham as urnas estavam abertas e faltavam atas, o que não dá "certeza" sobre os resultados.

"A estreita margem dos resultados, assim como as irregularidades, erros e problemas sistêmicos que rodearam esta eleição não permitem que a missão tenha certeza sobre os resultados", afirmou Jorge Quiroga, representante da missão da OEA em Honduras.

O documento critica também a falta de transparência do TSE, os problemas de logística e "os altos níveis de improvisação para resolver as situações". Segundo os observadores, este improviso gerou demora para que as atas fossem escaneadas. Lembrou também do período de 10 horas onde o sistema caiu na quarta feira do dia 29, "gerando mais incertezas" sobre o processo.

Devido à permanência do impasse e as constatações de diversas irregularidades, o candidato da oposição Nasralla reivindicou a recontagem total de votos, com verificação das atas de votação, ou a realização de novas eleições entre ele e o atual presidente. 

        

Com informações da Rede Brasil Atual, Associated Press e BBC