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Publicado: 25/01/2018 | 1220 visualizações

RLAM: cresce insegurança nos locais de transbordo

Trabalhadores chegam a ficar expostos a tiroteio.

O transporte para os trabalhadores da RLAM sempre foi um foco de insegurança e desconforto, muito pela falta de condições dos veículos. Suspensão deficiente, poltronas inadequadas, muita vibração e ruído. Não bastasse, a categoria agora passou a enfrentar mais problemas, como o roteiro de turno Pituba/Itaigara, que foi reduzido para apenas um micro-ônibus (antes eram 2), o que gera atrasos pelo tamanho que o roteiro passou a ter.

A reclamação se estende também aos trabalhadores do roteiro do Imbuí, considerado péssimo, mas com a ameaça de ficar ainda pior. A gerência setorial de infraestrutura “estuda” a possibilidade do uso de veículos tipo VAN. 

Rejeitada pelos usuários, a VAN causa dores lombares e eleva o nível de estresse, devido ao barulho e balanço intensos durante o trajeto. Além disso, a VAN não possui banheiro.

A preocupação com o sistema de transporte da RLAM aumenta ainda mais com os relatos de falta de segurança nos locais de transbordo, como o ocorrido na segunda-feira (08\01), na região do Costa Azul.

Por volta das 21h50, três trabalhadores do roteiro Costa Azul/RLAM relatam que estavam no posto de gasolina - local de transbordo para o micro-ônibus do roteiro - quando perceberam bandidos armados na área do Conjunto Vale dos Rios. Neste momento apareceu uma viatura da Polícia Militar, que parou na Drogaria São Paulo. 

Iniciou-se troca de tiros entre bandidos e policiais, com os PMs usando metralhadora. Para não serem atingidos, os trabalhadores se jogaram ao chão, atrás dos carros parados no posto. Felizmente não houve feridos.

Ainda segundo trabalhadores do roteiro Costa Azul/RLAM, eles ficam expostos à chuva e ao sol, já que a loja de conveniência do posto não tem área externa coberta. Além disso, o estabelecimento funciona das 06h00 às 22h00. Ou seja, chegam pela manhã às 05h45 com a loja fechada; à noite, caso o transporte atrase, têm que ficar aguardando na porta da loja. Chega-se à conclusão que o local não garante a mínima segurança aos trabalhadores.

A insegurança também preocupa no roteiro Pituba/RLAM. Um pouco antes do tiroteio no Costa Azul, por volta das 21h30, uma trabalhadora estava à espera do ônibus, quando foi perseguida por um homem por mais de 100 metros; ela conseguiu chegar a um condomínio próximo e o porteiro, percebendo o que acontecia, deixou-a entrar. Logo depois passou uma viatura no local e o homem fugiu.

Casos como esses estão virando rotina e a vida das pessoas está em risco todos os dias, seja qual for o roteiro, o que exige da gestão do setor de transporte da RLAM providências imediatas para garantir a segurança e a vida dos trabalhadores.