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Publicado: 10/07/2018 | 2532 visualizações

RLAM passa por perícia judicial na ação do efetivo mínimo

No último dia 3/07, a Refinaria Landulpho Alves recebeu a visita de um perito judicial, designado pela juíza da 28ª Vara da Justiça do Trabalho. Essa é mais uma etapa da ação do Sindipetro contra as reduções do efetivo operacional em toda Bahia. O perito, engenheiro de segurança Gabriel Barreto Macedo, foi acompanhado por representantes da Petrobrás e dos trabalhadores.

Por parte da empresa, estiveram presentes Fabio Leandro Rossi, Laurence Pereira Lima Siqueira, Marcos Sodré e Melchiades Costa da Silva. Os trabalhadores foram representados pelos diretores do Sindipetro Bahia Átila Barbosa e Ivo Saraiva, além da Dra Leda Leal Ferreira, assistente técnica do sindicato no processo.

Nessa primeira reunião foram discutidas questões operacionais e o estudo de O&M. Para o Sindipetro Bahia o estudo é conceitualmente equivocado, pois se baseia em tempos e movimentos, como se uma planta petroquímica fosse uma linha de montagem. Além disso, questionamos a própria aplicação do método, que levou em conta as rotinas operacionais. Nossa visão é que o efetivo operacional deve ser dimensionado para os piores casos, ou seja, cenários de emergência.

Outro ponto discutido foi a especificidade de cada planta operacional. Informamos ao perito que os operadores não podem ser facilmente mudados de área, uma vez que suas atividades são complexas e características. Portanto, um operador da unidade U-18, por exemplo, não pode ser deslocado para a U-32, em caso de falta de membro da equipe nesta última. Em resumo: os operadores não são imediatamente intercambiáveis entre as plantas operacionais.

Mesmo numa única planta operacional, há divisões bem definidas das tarefas. Um exemplo são os operadores que ficam no campo (área industrial) e os operadores que ficam no centro de controle (CIC/Painel).

Destacamos também a mudança no perfil das equipes de operação. Com os PIDV's, os técnicos mais experientes se aposentaram, diminuindo o tempo médio de experiência dos grupos operacionais. Dessa forma, a redução do efetivo mínimo se deu num cenário ainda mais inseguro.

Os representantes do Sindipetro Bahia também solicitaram que a empresa informe no processo qual efetivo mínimo oficial para cada unidade. Ainda foi solicitado que a empresa considere a sobrelotação necessária para cobrir férias, absenteísmos, treinamentos etc.

Por fim, devido à complexidade do tema, o perito se convenceu a realizar novas visitas, quando haverá também ida às áreas operacionais. A próxima data ainda não foi agendada.

O Sindipetro Bahia solicita que as equipes operacionais de cada setor da RLAM construam um documento, fundamentando qual deve ser o efetivo mínimo para cada unidade de processo. Nesse documento, é importante que se destaquem as anormalidades ocorridas por conta da redução do efetivo mínimo, ou mesmo ocorrências que poderiam ter sido minimizadas caso o efetivo operacional fosse o anterior à aplicação do O&M.

Ao final, o documento pode ser entregue a um diretor sindical da base RLAM. Não há necessidade dos empregados se identificarem ou assinarem o documento.

Os grupos de operação das demais bases onde também  houve reduções de efetivo mínimo deverão fazer o mesmo. Lembramos que a ação do Sindipetro abrange todas as unidades operacionais da Petrobrás na Bahia.

 

CLIQUE AQUI e acompanhe o histórico da ação do efetivo mínimo:

 

Fonte – Sindipetro Bahia