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Publicado: 03/10/2018 | 2239 visualizações

GG da FAFEN-BA proíbe a CIPA de realizar inspeção de segurança nos equipamentos condenados pela TRANSPETRO

O gerente geral da FAFEN-BA proibiu na quarta-feira, 26/09, que a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes da fábrica (CIPA) realizasse inspeção no duto de amônia e no Terminal Marítimo de Amônia, contrariando as Normas de Segurança do Ministério do Trabalho e Emprego e o Acordo Coletivo de Trabalho da Petrobrás.

No dia 11/09, o Sindipetro havia denunciado a existência de um relatório feito pela TRANSPETRO, listando11 problemas graves de segurança e integridade no Porto, no "amonioduto" e nas esferas de estocagem da fábrica em Camaçari.  Ao tomar conhecimento do assunto, a CIPA FAFEN realizou reunião extraordinária e convocou especialistas em inspeção de equipamentos, ligados ao Projeto de Importação, para explicar o ocorrido. Ao final da reunião deliberou por inspecionar, no dia 25/09, os pontos levantados pela TRANSPETRO, no amonioduto e no Porto de Aratu.


Mas por meio do gerente de Transferência e Estocagem da FAFEN-BA, o gerente geral da fábrica impediu a inspeção, alegando que a gerência não havia sido comunicada a tempo para realizar as modificações de postos de trabalho necessárias à liberação dos cipistas. A CIPA, então, trocou a data da inspeção para o dia 27/09, comunicando às gerências.


O gerente geral, novamente, impediu a visita alegando agora que a CIPA não tem atribuição para avaliar integridade de equipamentos e que não vai permitir a intervenção da CIPA em “um tema que na visão da companhia já foi consolidado”. Para o Sindipetro, o que parece estar consolidado é que a   FAFEN-BA não quer que a CIPA, eleita pelos(as) trabalhadores(as), funcione. “Falar em conformidade legal nos auditórios e reuniões de SMS com a gola abotoada é muito fácil quando isso não desembocar em trabalho. Mas quando a ordem superior é executar seu plano a qualquer custo, rasgue-se a NR-05 e as Regras de Ouro, queime-se as normas da Petrobrás, o Código de Conduta, a Responsabilidade Social, etc.”.


O que também parece estar consolidada é a necessidade de empurrar para a execução um projeto de modificação substancial de uma instalação industrial sem atender as normas de segurança, e, pior: fora da unidade fabril, no mato, na comunidade, modificar a operacionalidade de um duto de amônia de 33 Km entre os municípios de Camaçari e Candeias sem atender aos mínimos requisitos de segurança, um duto que foi inspecionado há 7 anos,  e, mesmo assim, vai conduzir amônia anidra de volta para Camaçari no mirabolante “Projeto de Importação de Amônia”


O Sindipetro Bahia está avaliando medidas administrativas e judiciais para garantir que a CIPA volte a funcionar na FAFEN-BA.

 

Fonte – Sindipetro Bahia