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Publicado: 15/12/2017 | 1980 visualizações

PSG - Empresa faz o que quer com seus trabalhadores e Petrobrás faz vista grossa

Atrasos de salários, plano diferenciado entre trabalhadores, falta de pagamento de FGTS e do plano de saúde são apenas alguns dos descasos da PSG, que tem a omissão da Petrobrás em tudo que faz (e que deixa de fazer)

Até parece mentira. Mas, infelizmente, não é. O dia a dia dos trabalhadores da PSG, empresa terceirizada da Petrobrás, que presta serviços nas áreas operacionais e administrativas, em Taquipe e no Torre Pituba, não é tranquilo. Aliás, tranquilidade não é uma palavra muito usada no dicionário desses contratados, sobretudo no período de final de mês, já que os salários quase nunca são depositados dentro do prazo legal de cinco dias úteis. Desculpa pra lá, desculpa pra cá, mas os atrasos continuam acontecendo todos os meses.

Se o atraso no pagamento é certo, o cinismo da empresa também. Por email, a PSG sempre se lamenta e afirma que vai compensar os prejuízos dos dias em atraso no próximo mês. A promessa é tão falaciosa como a fiscalização da Petrobrás. Por sinal, quem deve ganhar ou está ganhando com essa omissão e conivência com a PSG? No fundo no fundo parece até uma parceria de perversidades entre ambos.

Na PSG acontece de tudo. O plano de saúde, além de não ser pago corretamente e ter suspensões frequentes, é diferenciado entre os trabalhadores. Digamos que é como se fosse um tipo de plano A para um determinado grupo de trabalhadores e o tipo Z para outro. Claro que os da Bahia estão no tipo Z, com a HapMorte. Sabe-se que até salários para a mesma função são pagos em valores totalmente diferentes. Estranho, mas é verdade. Até o FGTS a empresa estava deixando de honrar. Somente no último mês, após uma denúncia, o pagamento foi regularizado.  


E o que dizer dos fiscais embarcados que nunca recebem o reembolso de transporte para o deslocamento até a base e seu retorno à casa? Ficou chocado? Calma, tem mais descasos da PSG (com a omissão da Petrobrás, claro). Imagine ai: as férias, que por Lei devem ser pagas antes do trabalhador iniciar o gozo, na PSG isso é folclore. No máximo, os trabalhadores as recebem quando retornam. Ah, e como se fosse um favor.   
Por outro lado – Curioso é que a mesma PSG que é tão relapsa com as suas obrigações legais, exige dos seus trabalhadores até mais do que é permitido.  A PSG é a única terceirizada que obriga seus funcionários a pagar as horas da folga campo nos locais onde as bases sequer funcionam. Para se ter ideia, a exigência esdrúxula acarreta em jornadas de até 14 horas para alguns trabalhadores, contando do horário que saem de suas casas até o retorno. Um verdadeiro absurdo.

Por falar em absurdo, não podemos deixar de relembrar da negligência e conivência da Petrobrás com isso tudo. Mas, como em tempos de maldades qualquer absurdo é normal. Será que alguma coisa vai mudar depois dessa denúncia?  Quem sabe...