Absurdo: trabalhador da Núcleo é demitido durante greve
novembro 3, 2025 | Categoria: Banner Principal, Notícia
A Núcleo Engenharia nem esperou terminar o segundo dia da greve motivada pelo impasse nas negociações entre a empresa e o Sindipetro Bahia para assinatura do primeiro ACT da categoria.Na tarde desta sexta-feira (31), um trabalhador da área de pescaria foi demitido pela empresa. A prática é imoral e ilegal, já que a legislação proíbe demissões enquanto estiver ocorrendo o movimento paredista. Em protesto, toda a força de trabalho da base de Taquipe cruzou os braços na manhã desta segunda (3).
Vale ressaltar que o Sindipetro-BA seguiu todo o rito descrito na lei, publicando os editais de convocação das assembleias e mantendo a empresa informada durante todos os passos via notificação formal, além de respeitar todos os prazos e demais normas. “Essa atitude caracteriza uma prática antissindical, um ataque direto à organização dos trabalhadores e das trabalhadoras, que realizam uma greve legítima”, denuncia a coordenadora geral do sindicato, Elizabete Sacramento.
O reconhecimento da competência legítima do Sindipetro-BA para representar trabalhadores(as) da Núcleo ocorreu recentemente, resultado de paralisações lideradas pelo sindicato. Após essa vitória, o sindicato e a empresa iniciaram as tratativas para fechar o primeiro ACT, relativo a 2025/2026. No entanto, o impasse negocial foi instaurado após a recusa formal da empresa em celebrar o acordo e atender a pauta de reivindicações da categoria, iniciando um movimento grevista no dia 30 de outubro. “A greve é fruto da intransigência negocial da empresa, pois tentou retroceder em uma negociação que estava em construção”, reforça Elizabete.
A assessoria jurídica do Sindipetro-BA foi rapidamente acionada e segue em busca de todos os caminhos possíveis para que a empresa retroceda na demissão do trabalhador. “Todo esforço será realizado para conseguir a reintegração do trabalhador demitido. E reafirmamos que a greve seguirá firme para garantir os direitos e a dignidade dos trabalhadores e trabalhadoras da Núcleo”, assegura a coordenadora do sindicato. Uma das ações é uma reunião, ainda nesta segunda (3), para tratar do tema com a gerência da Petrobrás, contratante dos serviços da Núcleo.
Veja as principais denúncias do movimento grevista:
• Falta de CIPA e de condições seguras de trabalho;
• Não pagamento de adicionais legais (noturno, sobreaviso e banco de horas sem ACT);
• Falta de auxílio moradia e transporte;
• Desigualdade no ticket e ausência de cesta básica;
• Transporte precário e jornadas exaustivas;
• Plano de saúde desigual entre os trabalhadores;
• Não pagamento de periculosidade retroativa;
• E a exigência da reintegração imediata do trabalhador demitido.



	  
   
										
								
								
					
  