ACT Petrobrás: trabalhadores(as) rejeitam segunda contraproposta e aprovam greve
dezembro 11, 2025 | Categoria: Banner Principal, Notícia
[Com informações da FUP]
Em assembleias organizadas pelo Sindipetro Bahia entre os dias 4 e 10 de dezembro, trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobrás rejeitaram, de maneira expressiva, a segunda contraproposta apresentada pelas empresas. Em uma demonstração de indignação perante uma proposta que não atende as principais reivindicações da categoria, contendo ainda retrocessos importantes, mais de 92% dos petroleiros e petroleiras presentes nas assembleias aprovaram a deflagração de uma greve por tempo indeterminado, a partir da zero hora desta segunda-feira (15).
A contraproposta apresentada pela Petrobrás e suas subsidiárias, tratada pelos gestores como “um último esforço”, é, na realidade, um desrespeito àqueles que constroem coletivamente os resultados das empresas. Enquanto outras estatais fecharam acordos com ganhos reais de 1%, a petrolífera propõe meio por cento, mesmo acumulando lucros bilionários. Além disso, os avanços sinalizados não são suficientes para resgatar os direitos retirados pelos governos passados, tampouco garantir uma justa distribuição da riqueza gerada pelos trabalhadores e pelas trabalhadoras.
E, como se não bastasse, a direção da Petrobrás segue sem se posicionar sobre o fim dos PEDs, continua enrolando em relação ao novo plano de cargos e salários e mantém os ataques contra o E&P, sem recuar nas demissões do Polo Bahia Terra e insistindo com os desimplantes forçados nas unidades offshore e em Urucu, na Amazônia.
A coordenadora geral do Sindipetro Bahia, Elizabete Sacramento, caracterizou a postura como desrespeitosa. “As empresas não ofereceram nenhuma resposta sobre os três eixos que elencamos como principais. Não apresentou solução para os PEDs, não tratou da Pauta pelo Brasil Soberano e nem mexeu na distribuição da riqueza gerada pela empresa para trabalhadores e trabalhadoras, propondo inclusive um reajuste muito abaixo do que tem sido praticado por outras estatais neste ano. Não parece que querem estabelecer uma negociação efetiva”, lamentou, apontando a greve como forma de pressionar a gestão e garantir que os direitos dos(as) trabalhadores(as) sejam respeitados.
Após diversas reuniões de negociação coletiva e da intensa articulação das representações sindicais para buscar o atendimento das reivindicações deliberadas nas assembleias, a alta gestão da Petrobrás parece querer apostar no impasse e empurrar os petroleiros para a greve. “Estamos falando de uma empresa cuja indústria é intensiva em capital, onde menos de 7% de suas despesas totais são com custos de pessoal. Não tem sentido algum no governo atual, a alta gestão da empresa, diante dos lucros bilionários construídos pelos trabalhadores e pelas trabalhadoras, desrespeitar a categoria como vem fazendo”, afirmou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.
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