Com atos em todas as unidades da Petrobrás no estado, categoria petroleira manda recado: o Polo Bahia não está à venda*
julho 24, 2025 | Categoria: Banner Principal
Após a declaração infame da presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, admitindo a possibilidade de privatização do Polo Bahia Terra, a categoria petroleira se mobilizou em uma série de atos para dar uma resposta contundente: os trabalhadores e as trabalhadoras não vão aceitar a venda dos campos de produção do estado. Contando com o ato mais recente, ocorrido nesta quinta-feira (24) no campo de Bálsamo, mais de 2 mil petroleiros(as) já se levantaram em repúdio à possível privatização.
A privatização do Polo Bahia foi caracterizada como inadmissível pela coordenadora geral do Sindipetro Bahia, Elizabete Sacramento. “Esperávamos esse tipo de movimentação em governos anteriores, com postura entreguista. Mas nós trabalhadores e trabalhadoras elegemos o presidente Lula para garantir outro tipo de projeto político”, criticou, garantindo que a categoria petroleira vai continuar sua vigilância contra a venda de ativos da Petrobrás. “A luta, para nós trabalhadores e trabalhadoras, nunca será uma opção. A luta sempre será uma questão de sobrevivência”, delimitou, lembrando de processos de privatização que foram frustrados devido à luta sindical, incluindo o próprio Polo Bahia em 2023.
Também presente no ato, o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, expôs a contradição entre a declaração de Magda e os planos da empresa, citando os R$ 16 bilhões que serão investidos até 2029 para duplicar a produção de petróleo na Bahia, gerando milhares de empregos. “Reagimos de forma imediata. Cobrei uma posição do governo federal, que através do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, garantiu que não há disposição alguma em vender o Polo Bahia Terra”, relatou, reforçando a importância da Bahia para o projeto político que dirige o país. “Estamos no governo Lula, que defende a Petrobrás, a geração de emprego e renda e a permanência da Petrobrás aqui na Bahia, onde ela nasceu e de onde ela nunca deverá sair”, finalizou.
O deputado estadual petroleiro, Radiovaldo Costa (PT), deu seu recado através de ligação telefônica, informando sobre as articulações institucionais que estão sendo feitas, a exemplo da reunião com o gerente-executivo de Terras e Águas Rasas no dia anterior. “Fomos lá em Sergipe conversar com ele e pontuar duas coisas que são fundamentais para nós: primeiro, não vamos aceitar a venda dos campos da Petrobrás, como não aceitamos anteriormente”, disse, relembrando as diversas paralisações lideradas pelo Sindipetro-BA. “E também não vamos aceitar redução de atividade, deixamos isso claro: a gente não aceita diminuição de postos de trabalho”.
Desde que a declaração de Magda Chambriard foi publicada, no dia 5 de julho, a categoria petroleira baiana entrou em estado de alerta. O Sindipetro-BA organizou ações setoriais e atos políticos em todas as unidades da Petrobrás na Bahia, incluindo a subsidiária PBIO, mobilizando centenas de petroleiros e petroleiras em cada ação. Em Taquipe, Santiago, EVF, Buracica, Araçás, Bálsamo e também no Torre Pituba, a classe trabalhadora tem demonstrado força e reiterado o recado: a Bahia não está à venda.
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