Diante do avanço do modelo de negócio de parcerias e terceirizações que a atual gestão da Petrobrás está implementando, com precarização do trabalho e à revelia dos sindicatos, o Conselho Deliberativo da FUP aprovou a realização de atos nacionais e regionais no dia 03 de outubro, quando a Petrobrás completa 72 anos. Os atos principais serão realizados nas usinas da PBio, em Montes Claros/MG e em Candeias/BA, que estão sob ameaça de privatização
[Da comunicação da FUP]
Em reunião nesta quarta-feira, 24, no Conselho Deliberativo da FUP, as representações sindicais petroleiras avaliaram a primeira rodada de negociação com o Sistema Petrobrás, que teve por foco a apresentação integral da pauta de reivindicações da categoria para o Acordo Coletivo de Trabalho. Os sindicatos reforçaram a necessidade de mobilizações para pressionar a gestão a apresentar uma contraproposta que responda as principais reivindicações e garanta um ACT digno e sem ajuste fiscal nos salários e nas carreiras.
As direções sindicais também destacaram a centralidade de alguns temas nessa campanha reivindicatória, como a cobrança para que a empresa apresente o quanto antes uma proposta para os equacionamentos da Petros (PEDs) e a Pauta pelo Brasil Soberano, com propostas da categoria para a Transição Energética Justa e o fortalecimento do Sistema Petrobrás.
Diante do avanço do modelo de negócio de parcerias e terceirizações que a atual gestão está implementando, com precarização do trabalho e à revelia dos sindicatos, o Conselho Deliberativo aprovou a realização de atos nacionais e regionais no dia 03 de outubro, quando a Petrobrás completa 72 anos. Os atos principais serão realizados nas usinas da PBio, em Montes Claros/MG e em Candeias/BA, que estão sob ameaça de privatização.
Em plena campanha reivindicatória, a gestão da subsidiária informou nesta quarta-feira, 24, que os postos de trabalho serão terceirizados a partir da implementação do modelo de parceria privada que foi aprovado pela Diretoria Executiva da Petrobrás. O comunicado foi feito por um diretor da PBio diretamente aos trabalhadores, sem envolver os sindicatos.
Segundo as informações passadas à categoria, foi aprovado, de forma ainda não vinculante, um projeto de entregar as usinas para uma nova empresa, a ser criada com participação majoritária do setor privado. Ou seja, a PBio deixaria de operar as unidades, que seriam, na prática, privatizadas. Em relação aos trabalhadores, há uma incerteza sobre o que ocorreria. As informações preliminares passadas à categoria são de que poderiam ser cedidos à Petrobrás, sem incorporação, sem prazo definido ou qualquer previsibilidade em relação ao futuro.
“O andamento desses projetos gera grandes incertezas sobre os trabalhadores e suas famílias. Cessão não dá a segurança de uma incorporação e não há nada que impeça as usinas e os trabalhadores de serem incorporados à Petrobrás Holding. Existe viabilidade econômica e jurídica para isso e, dada a importância do setor para a transição energética justa, a incorporação é o caminho que a empresa deveria estar seguindo”, afirma a diretora da FUP, Cibele Vieira.
O comunicado da PBio é um ataque frontal ao processo de negociação coletiva e ao projeto de fortalecimento e integração do Sistema Petrobrás, que é defendido pelo seu acionista majoritário. Nas reuniões temáticas do ACT, a FUP alertou que não admitiria retrocessos e descumprimento do projeto político que foi eleito nas urnas.
O que está em curso na PBio é o aprofundamento de um modelo de negócio de parcerias e de terceirização de atividades fins, que a atual gestão da Petrobrás está implementando nos contratos de O&M das FAFENs Bahia e Sergipe, e que ameaça também o Polo Bahia e a Termobahia. Além de precarizar as relações de trabalho, esse modelo de negócio pavimenta o caminho para privatizações futuras, na contramão da soberania nacional e do que os trabalhadores e as trabalhadoras defendem para a transição energética justa.
Diante de tudo isso, a FUP e seus sindicatos convocam os trabalhadores e as trabalhadoras do Sistema Petrobrás para os atos de 03 outubro que serão realizados em todas as bases, em defesa da Pauta pelo Brasil Soberano e contra as privatizações. É a hora da categoria mostrar para a gestão da empresa que a luta por um ACT digno para todo o Sistema Petrobrás, sem ajustes fiscais e sem ameaças de privatizações, só está começando.
Defender a PBio é defender a Petrobrás!
Defender a Petrobrás é defender o Brasil!