Em dia nacional de mobilização, categoria petroleira protesta contra os equacionamentos da Petros
outubro 29, 2025 | Categoria: Banner Principal, Notícia
Na Bahia, ato ocorreu em frente ao edifício Torre Pituba, sede da Petrobrás no estado
Petroleiras e petroleiros de todo o Brasil resolveram dar um basta nos equacionamentos da Petros, promovendo um ato nacional descentralizado nas sedes administrativas da Petrobrás em diversos estados do país. “Os PEDs passaram do ponto”, lia-se nas faixas em frente ao edifício Torre Pituba na manhã desta quarta-feira (29), em crítica ao dispositivo que retira mensalmente parcelas significativas dos contracheques de quem construiu a indústria do petróleo no Brasil. Cerca de 300 trabalhadores(as), muitos deles aposentados, participaram do ato organizado localmente pelo Sindipetro Bahia.
A solidariedade e o poder de mobilização da categoria petroleira foi parabenizado pela coordenadora geral do Sindipetro-BA, Elizabete Sacramento, que relembrou os atos e vigílias ocorridos no Rio de Janeiro, onde aposentados e aposentadas viajaram por muitos quilômetros para lutar pelos seus direitos. “A gente entende que não tem como fechar o ACT atual sem uma sinalização da Petrobrás em relação ao aporte necessário para solucionar os PEDs. A empresa está penalizando quem construiu e quem segue construindo essa grande empresa para garantir o pagamento de elevados dividendos a acionistas. Esse não é o papel de uma empresa estratégica como a Petrobrás”, afirma, explicando a centralidade da pauta para a atual campanha reivindicatória, tendo o PED como um de seus eixos principais.
O deputado estadual Radiovaldo Costa (PT), também integrante do Conselho Deliberativo da Petros, ressaltou os esforços adotados pela FUP e seus sindicatos para eliminar os PEDs. “Nunca deixamos de tratar do assunto nas reuniões com a gestão da Petrobrás, estamos sempre pressionando a Magda Chambriard”, destacou. “Não existe solução simples, mas vamos fazer tudo o que tiver para fazer. Ninguém aguenta mais pagar 20% de equacionamento, a Petrobrás tem que pagar o nosso déficit”, defendeu o parlamentar.
O histórico da luta contra os equacionamentos foi relembrado por Paulo César Martin, diretor de seguridade da FUP, destacando os avanços alcançados pelo Fórum em Defesa dos Participantes da Petros, que reúne as entidades dos(as) trabalhadores(as). “São mais de dois anos discutindo no Fórum, na Comissão Quadripartite, debatendo com a Petrobrás”, conta, apontando ainda o plano da categoria: “nosso movimento é para conseguir um acordo judicial que vai permitir a migração para um plano com estabilidade, Fundo Garantidor coletivo, e que a gente garanta pelo menos 95% de nossos benefícios sem os equacionamentos”.
O ato faz parte da jornada nacional de lutas convocada pelo Fórum em Defesa dos Participantes da Petros, composto pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), AMBEP, CONTTMAF e FENASPE. Ele ocorreu em frente às principais unidades administrativas da Petrobrás: Edisa (Santos/SP), Edivit (Vitória/ES), Para Campista (Macaé/RJ), Edirn (Natal/RN), Ediser (Aracaju/SE) e Ediman (Manaus/AM), além do Torre Pituba (Salvador-BA). Na capital do Rio de Janeiro, a categoria decidiu não fazer a mobilização por causa da expectativa de insegurança pública após a chacina ocorrida na terça-feira (28).



