Quarta reunião da Comissão de Plano de Cargos e Salários abordou um dos temas mais impactantes para os trabalhadores e as trabalhadoras do Sistema Petrobrás: avaliação e critérios para concessão de níveis e promoção
[Da comunicação da FUP]
A FUP participou terça-feira, 12, da quarta reunião da Comissão de Plano de Cargos e Salários, que abordou um dos temas mais impactantes para os trabalhadores e as trabalhadoras do Sistema Petrobrás: avaliação e critérios para concessão de níveis e promoção. Assim como nas rodadas anteriores – que trataram sobre as atribuições profissionais dos cargos, o horizonte das carreiras e a estrutura da tabela salarial -, as representações sindicais destacaram a importância dessa negociação e a expectativa da categoria por avanços no atendimento da proposta unitária que foi debatida e construída coletivamente pela FUP e pela FNP.
A assessoria do Dieese contextualizou os principais dados do balanço que a Petrobrás divulgou semana passada consolidando os resultados do primeiro semestre deste ano, em que a empresa registrou lucro líquido de R$ 61,8 bilhões, 193% superior ao do mesmo período do ano passado. Portanto, não há motivo algum para quererem impor aos trabalhadores uma política de austeridade, como anunciou há um tempo atrás a presidenta Magda.
Desde a primeira reunião da Comissão de Plano de Cargos, a FUP tem enfatizado a necessidade da gestão valorizar aqueles que constroem as riquezas da Petrobrás e que são os responsáveis pelo futuro da empresa. Na reunião desta terça, as representações sindicais cobraram a participação efetiva dos trabalhadores na construção das metas e critérios de mobilidade nas carreiras, dando horizontalidade a esse processo, para que seja transparente, justo e democrático. A FUP também ressaltou que é fundamental garantir voz, escuta e espaço decisório aos trabalhadores na avaliação para seleção das lideranças que ocuparão os cargos de chefia.
Outras reivindicações da categoria referentes à mobilidade no novo plano de cargos: avanço de nível por desempenho a cada 12 meses para todos os trabalhadores, sem limite de verba, com metas exequíveis e objetivas e avaliação de desempenho por equipe; avanço de nível por antiguidade a cada 18 meses; vetar que seja dado mais de 1 nível para qualquer trabalhador; promoção automática, com permanência máxima de 5 anos na carreira Junior e 7 anos na Pleno e na Sênior; mobilidade para aqueles que estão topados no meio e no final da carreira.
Além disso, foi também enfatizada a necessidade de critérios específicos para reparação das mulheres petroleiras que não foram contempladas por avanço de nível no ano de licença maternidade, a reparação dos trabalhadores das subsidiárias que estão sem níveis e promoções e com distorções nas tabelas salariais (Ansa, TBG, PBio e Termobahia), dos cipistas eleitos e de dirigentes sindicais, que passaram anos alijados do processo de concessão de níveis.
A próxima reunião da Comissão de Plano de Cargos será no dia 19 de agosto, quando a empresa informou que fará um balanço final sobre os pontos negociados em mesa.
Confira o recado dos dirigentes da FUP, após a reunião: