Polo Bahia: Sindipetro se mobiliza contra demissões de terceirizados
novembro 8, 2025 | Categoria: Banner Principal, Notícia
Ao saber das ameaças de demissões decorrentes da negociação de redução de preços entre a Petrobrás e empresas prestadoras de serviço da área de produção, dirigentes do Sindipetro Bahia e da FUP articularam reuniões para impedir cortes de postos de trabalho e preservar os contratos vigentes. Entre as empresas envolvidas nas discussões, a Elos Engenharia apresentou uma proposta que poderia resultar na demissão de 38 trabalhadores(as), situação que passou a ser acompanhada de perto pelo sindicato.
A coordenadora geral do Sindipetro-BA, Elizabete Sacramento, o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, e o deputado estadual petroleiro, Radiovaldo Costa (PT), se reuniram na manhã de quinta-feira (6) com nove das maiores prestadoras de serviço da Petrobrás na Bahia, e, à tarde, com a gerência da estatal, para discutir alternativas que evitem a redução de pessoal e garantam a estabilidade dos empregos.
De acordo com os dirigentes sindicais, as reuniões foram positivas, com a garantia das empresas de que não haverá demissões nos contratos da TSL e da SNA (Manutec). No caso da Elos Engenharia, a proposta de redução de preço poderia gerar o desligamento de 38 pessoas, mas a gerência da Petrobrás se comprometeu a analisar a situação e buscar uma solução para evitar as demissões. Os dirigentes sindicais também solicitaram que qualquer medida nesse sentido seja adiada para o início do próximo ano, enquanto continuam o diálogo com a empresa.
“É uma ação concreta para garantir a preservação dos empregos, a manutenção da Petrobrás na Bahia e a defesa dos postos de trabalho, o que também beneficia a economia do estado. Essa é a nossa luta”, afirmou o deputado Radiovaldo Costa.
A redução das atividades de exploração e produção de petróleo tem sido motivo de apreensão nos últimos meses, segundo a coordenadora do Sindipetro-BA. “Desde o anúncio da presidenta Magda Chambriard, falando da possibilidade de privatização do Polo Bahia Terra em função da queda no preço do barril de petróleo, estamos ouvindo essa ameaça aos trabalhadores e trabalhadoras da região de produção. Enquanto representação desta categoria, é uma situação que muito nos preocupa”, destacou Elizabete Sacramento.
Desde 5 de julho, quando a presidente da Petrobrás acenou com a possibilidade de privatização do Polo Bahia Terra, o Sindipetro-BA tem mobilizado a categoria e a sociedade baiana em defesa dos campos de produção terrestre. Além de atos e articulações políticas, o sindicato tem pautado a realização de audiências públicas nos municípios para debater a importância da Petrobrás no cinturão do petróleo baiano. A resposta tem sido firme: o Polo Bahia não está à venda.



