Reunificação da categoria petroleira, defesa da soberania e reeleição de Lula dão o tom do primeiro dia da 12ª Plenafup
agosto 5, 2025 | Categoria: Banner Principal, Notícia
[Com informações da FUP e do Sindipetro Unificado]
Com a participação de 280 petroleiros e petroleiras de diversas regiões do Brasil, começou nesta segunda-feira (4), em Pernambuco, a 12ª Plenafup, que tem como tema “Acordo Coletivo Forte e Transição Energética Justa”. A delegação eleita no XIV Congresso dos Petroleiros e Petroleiras da Bahia faz parte das delegações dos 13 sindicatos filiados à FUP, contando ainda com a presença de representantes dos Sindipetros São José dos Campos, Alagoas/Sergipe e Litoral Paulista, que aceitaram o convite para acompanhar os debates que serão realizados ao longo da Plenária Nacional.
A coordenadora geral do Sindipetro-BA e coordenadora da delegação baiana, Elizabete Sacramento, reforçou a importância da unidade da categoria. “Precisamos unir forças com todos os sindicatos petroleiros, pois sabemos que juntos e juntas sempre seremos mais fortes”, defendeu. “Viemos trazer as teses que foram definidas em nosso Congresso e debater as pautas reivindicatórias e políticas de toda a categoria”, resumiu Elizabete, destacando ainda a função fundamental cumprida pelas mesas de abertura e de conjuntura, as duas atividades do dia, que deram direcionamento para os debates dos dias posteriores.
Na cerimônia de abertura da Plenária, que teve início após a eleição da mesa diretora, aprovação do regimento interno e apresentação das teses das correntes políticas presentes no encontro, o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, destacou a importância das lutas históricas da categoria petroleira em defesa da soberania nacional e dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras que atuam no Sistema Petrobrás, cujas imagens foram exibidas junto com o hino nacional. Ele lembrou que muitas dessas lutas seguem em curso e que só serão possíveis de terem êxito, com a reeleição do presidente Lula. “Para que isso aconteça, nós precisamos ter unidade em meio à nossa diversidade”, afirmou.
As lideranças dos movimentos sociais e sindicais que compuseram a mesa de abertura reforçaram a importância da unidade da classe trabalhadora e do campo progressista na luta pela soberania nacional, na defesa da democracia, e por uma transição energética justa e inclusiva. Estavam na mesa o anfitrião Sinésio Pontes, do Sindipetro-PEPB, Vani Souza, do MPA, Josivaldo Alves, da Coordenação Nacional do MAB; Paulo Mansan, da Coordenação Nacional do MST; Juvândia Moreira, vice-presidente da CUT; Geralcino Teixeira, presidente da CNQ/CUT; Helmilton Bezerra, presidente da CTB/PE; Raphaela Carvalho, da Resistência/PSOL; Adriana Marcolino, do Dieese; Maria Auxiliadora, da CNTM, além de Bergson da Silva, diretor do Sindipetro SE/AL, Adaedson Costa, diretor do Sindipetro Litoral Paulista e Rafael Prado, presidente do Sindipetro São José dos Campos.
Mesa de conjuntura discute os desafios do Brasil e da classe trabalhadora
Com mediação de Deyvid Bacelar e do presidente do Sindipetro CE/PI, Fernandes Neto, a mesa de conjuntura teve a participação da deputada estadual pelo PT em Pernambuco, Rosa Amorim; da vereadora do PSOL em Aracaju (SE), Sônia Meire; e do presidente do PCdoB do Rio Grande do Norte, Divanilton Pereira.
Durante a atividade, os participantes defenderam a necessidade de mudanças estruturais para o avanço dos direitos da classe trabalhadora, o fortalecimento do Sul Global e a defesa da soberania nacional. A deputada Rosa Amorim ressaltou o papel estratégico da Petrobrás e a importância da luta da categoria petroleira: “Defender a Petrobrás é proteger o Brasil, é defender nossa soberania nacional. É sempre importante lembrar do papel dos petroleiros e petroleiras e da FUP, que dá um exemplo muito importante de luta e resistência para dizer que nossa soberania pertence ao povo brasileiro e nossas empresas devem ser públicas e estatais”.
A vereadora Sônia Meire celebrou a defesa da unidade dos trabalhadores: “Como sindicalista, sei da importância da unidade dos trabalhadores e trabalhadoras e fico feliz de ver vocês apontando aqui esse caminho. Uma unidade voltada para a defesa da soberania nacional e da Petrobrás como instituição fundamental para isso”. Segundo ela, a atual conjuntura exige estratégias econômicas, políticas e geopolíticas: “O modelo de país que querem impor nos transforma em uma colônia exportadora de matéria-prima. A proposta da privatização não se limita à economia: ela vem acompanhada de um discurso ideológico que diz que o que é público não presta”.
Em sua contribuição, Divanilton Pereira destacou: “Esse movimento não é novo. Por isso, consideramos que o Brasil, por seu tamanho e posição, tem um papel estratégico no mundo”. Sobre a situação geopolítica global, foi categórico: “O movimento de Trump corresponde ao declínio de um império. E todo império em agonia é perigoso — bélico em suas ações políticas, econômicas e sociais. É isso que estamos vivendo”. Para ele, o Brasil definiu que não será subserviente aos Estados Unidos, finalizando com um chamado. “Precisamos de uma ampla unidade política. Politizar e debater com a classe trabalhadora essa grande batalha é uma questão chave para o povo brasileiro”.
O evento segue até quinta-feira (7), com mesas temáticas transmitidas ao vivo pelos canais da FUP, grupos de trabalho e deliberações que irão orientar as campanhas e ações da categoria para o próximo período, contando ainda com um ato nacional na entrada da Refinaria Abreu e Lima.